quinta-feira, 14 de maio de 2009

Arquitetura ciência e arte

A arquitetura é desde sempre uma necessidade (e característica) humana que tem nas artes, teorias, ciências, e técnicas suas ferramentas.
A arquitetura não construída tem sua principal função em intensificar essa relação com o estudo.
Os Arquitetos devem construir (moldar, criar) o espaço e o vazio para o melhor atendimento possível às atividades humanas e aos próprios. Para isso o arquiteto, antes de sua arquitetura, deve estar integrado com o seu objeto, ou objetivo, conhecer o caso a fundo, desenvolver a urbanidade, seja por projeto, como se faz há em torno de 500 anos, por obra, teoria, arte ou ciência.
Porém, os objetivos têm que realmente estar ligados ao que foi dito no começo: a necessidade humana. Arquitetura por arquitetura, ou a intenção completamente plástica devem ser deixadas de lado, serem usadas como ferramentas para a contribuição real com a humanidade.
A arquitetura deve refletir, como sempre o fez, a cultura e a situação temporal das pessoas às quais é destinada – e que a construíram. Sempre que essas considerações foram deixadas de lado a arquitetura se fez confusa, como se faz hoje e como se deu nos excessos de ecletismo do passado da Europa ocidental.
O conceito atrelado a humanidade, mesmo que implicitamente, sempre resultou em boa arquitetura. Os próprios “racionalismo” e “hightechinismo” simbolizam um pensamento humano de época e lugar determinados.
A harmonia (formal e utilidade) continua sendo e sempre será (inclui-se o deconstrutivismo) a pedra fundamental e o que separa, sensorialmente, aos leigos, a boa arquitetura da construção tratando-se de agregar valor à vida das pessoas, e não apenas na estética (superficialmente falando), no uso ou no funcionalismo. Nela se encontra a transcendência da arquitetura.
Edificações e afins já se tornaram mais importantes depois de derrubados do que eram quando em pé por remeterem a valores mais humanos com suas quedas, tal qual quedas de impérios ao longo da história foram divisores de águas.

Arquitetura Modernista no Japão...


ARQUITETO KENZO TANGE


Kenzo Tange (
Osaca, 4 de setembro de 1913Tóquio, 22 de março de 2005) foi um arquiteto e urbanista japonês, vencedor do Prémio Pritzker em 1987.
Obteve o diploma de arquiteto em
1938, na Universidade de Tóquio, e a partir desta data começou a trabalhar com Kunio Maekawa. Prosseguiu os seus estudos nas áreas de Planeamento Urbano, após os quais, que culminaram na obtenção do Mestrado, começou a lecionar como professor assistente de Arquitetura.


Após uma formação suplementar como engenheiro, em
1963 tornou-se professor de Engenharia Urbana na Universidade de Tóquio, cargo que ocupou até 1974. A sua obra abrange períodos distintos, tendo sido, numa primeira fase, influenciado pelo discurso do Movimento Moderno, tentado estabelecer uma combinação entre os pressupostos funcionalistas por este defendidos com a arquitetura tradicional japonesa, o que lhe valeu conhecer o sucesso muito cedo. Uma das suas primeiras obras é precisamente um memorial à cooperação entre a Ásia, de 1942 (não executada), reflexo de um sentimento nacionalista que vigorava na altura, e na qual Tange deve o início da sua carreira.
Contudo, se este regionalismo vigorou até cerca de
1960, após este período inicia uma nova fase em que de modo mais persistente se vão fazer sentir as influências do estilo internacional, através de um cada vez maior abstracionismo formal, utilizando matérias como o betão e o vidro para criar atmosferas que, embora dotadas de expressividade plástica, pretendem fazer um maior uso das propriedades cénicas da luz, criando fortes contrastes entre zonas sombreadas e zonas iluminadas. Assim, as suas obras são sempre dotadas de um grande dramatismo, apesar do recurso a um conjunto de materiais bastante restrito. Como exemplo da sua obra temos o Hiroshima Peace Centre (1949-1956), o "City Hall" de Kurashik (1960) e a Arena Olímpica de Tóquio (1961-1964).
No capítulo do urbanismo, são mais uma vez óbvias as influências do Movimento Moderno, e em particular de
Le Corbusier, onde a sua concepção de uma megaestrutura capaz de albergar simultaneamente diversos serviços e acessos a transportes corresponde às necessidades da sobrepovoada cidade japonesa.

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Frank Gehry


Frank Owen Gehry, nascido Ephraim Owen Goldberg (Toronto, 28 de fevereiro de 1929) é um arquiteto canadense, naturalizado estado-unidense, ganhador do Pritzker Prize, que é tido como o Nobel da arquitetura.
Gehry conhecido pelo seu design arrojado na arquitetura, repleto de estruturas curvas, geralmente em metal. Seus projetos, implantados em diferentes cidades do mundo, tornaram-se atrações turísticas e incluem residências, museus e sedes de empresas. Sua obra mais famosa é o Museu Guggenheim Bilbao, em Bilbao, Espanha, todo feito revestido de titânio. Outros projetos importantes são o Walt Disney Concert Hall no centro de Los Angeles, a Casa Dançante em Praga, República Checa, e sua residência particular, em Santa Mônica, California, os quais marcaram o início de sua carreira.
Nascido em Toronto numa família judaica, Gehry mudou-se aos dezessete anos para Los Angeles, Califórnia, para depois se formar na Universidade da Califórnia em arquitetura. Depois estudou planejamento urbano em Harvard. Atualmente vive em Los Angeles.
Em 2007 projectou e realizou no Walt Disney Concert Hall um palco desmontável inspirado numa taverna lisboeta, para a actuação da cantora portuguesa Mariza naquela sala. Foi a primeira vez que Frank trabalhou tão próximo de um artista ligado à música.



Principais Obra



Casa Dançante
Centro Stata
Vitra Design Museum
Museu Guggenheim Bilbao
Hotel Marqués de Riscal
Walt Disney Concert Hall, inaugurado em 2003.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Arquitetura Sustentável

Características

Esse movimento surgiu na década de 1970 e defende cuidados básicos visando alterar ao mínimo possível o meio ambiente em que a estrutura se insere:usar o máximo possível dos recursos naturais em iluminação, ventilação e vegetação; reduzir ao máximo o consumo de água e energia, tanto na construção como na pós-ocupação, através de uma gestão responsável destes recursos; levar em conta a situação do local onde se está construindo e minimizar o impacto da construção no entorno; utilizar materiais ecológicamente corretos; fazer uma investigação do uso de materiais recicláveis e técnicas alternativas que evitem a alteração da composição do solo, aterros, a emissão de gás carbônico, o aquecimento e o desequilíbrio do sistema de chuva; prevêr uma gestão de resíduos durante a construção e na pós-ocupação.

Energia

O objetivo principal da arquitetura sustentável é a eficiência energética no ciclo de vida de um edifício, principalmente nos países onde a energia não é de fonte renovável e ocasiona emissão de gases de efeito estufa em sua produção. Existem diversas formas de se reduzir o consumo de energia em um edifício e na arquitetura sustentável, estas formas são reunidas e ampliadas, utilizando sempre que possível os recursos naturais para ventilação e iluminação. O próprio edifício, dependendo do local onde implantado, pode produzir parte sua energia, através de painéis solares ou energia eólica. Fontes de energia alternativas para alimentar o edifício também devem ser consideradas. Atualmente pesquisas são feitas em torno de novos recursos para produção de energia, tais como a biomassa e as pequenas centrais hidrelétricas, que por serem de menor porte, implicam em menor impacto no ambiente onde se inserem.Iluminação Natural O uso de vidros duplo insulados (com baixa transmissão de calor e alta transmissão de luminosidade) e de iluminação zenital são recursos que contribuem para a redução do consumo energético.Ventilação O uso correto da ventilação natural pode beneficiar o edifício, eliminado ou minimizando a necessidade de ar condicionado.

Vegetação

O paisagismo pode ser um aliado no controle térmico da construção, proporcionando sombra em fachadas e reduzindo a temperatura na pavimentação.

Água

O projeto de um edifício sustentável deve prever a redução no consumo de água e uma gestão inteligente deste recurso, através de tecnologias de reúso de água (a água utilizada retorna ao edifício, normalmente para ser utilizada nas bacias sanitárias e irrigação de jardins), utilização das águas pluviais e equipamentos de redução de consumo tais como torneiras e chuveiros com temporizadores ou sensores, válvulas de descarga dual-flush e redutores de vazão.

Materiais Ecológicos

São considerados materiais ecológicos aqueles produzidos com menor impacto no meio-ambiente. Entre os utilizados na construção sustentável pode-se citar: tijolos de solo-cimento, o adobe, tintas sem componentes voláteis tóxicos, materiais reciclados, madeira certificada ou de curto ciclo de renovação, entre outros.Os materiais regionais são priorizados na construção sustentável, pois reduzem o percurso de transporte e emissão de gás carbônico da queima do combustível e priorizam o desenvolvimento do comércio/indústria regional.

Resíduos

Os resíduos da construção civil têm impacto significativo no volume de resíduos das cidades. Em São Paulo (cidade), por exemplo, 55% dos resíduos são produzidos pela construção civil. Em Ribeirão Preto, este número chega a 70%, conforme dados da SindusCon - SP (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo), sendo que 75% deste entulho vem de construções informais, reformas ou demolições feitas pelos próprios moradores.

Arquiteto: Richard Rogers


Richard Rogers nasceu em Florença, Itália, em 1933. Ele marcou presença na Architectural Association School em Londres antes de terminar o curso da Yale University. Ele e sua primeira esposa, Sue, trabalhou em uma parceria com Norman Foster e Wendy como "Team 4". Em contraste com Foster, que gerou uma arquitetura baseada em tecnologia sofisticada, Rogers criou luxuosos e entusiastos desenhos. Rogers, em 1970, estabeleceu uma parceria com o arquiteto italiano Renzo Piano. Após a conclusão do Centro Pompidou, em Paris.

Suas obras clássicas rejeitam o passado, enquanto abraça com entusiasmo um futuro tecnológico. Embora ele coloca ênfase na tecnologia, ele acredita que não pode ser um fim em si mesmo, mas devemos tentar resolver os problemas sociais e ecológicos. Seu interesse em espaços interiornos ininterrupto Rogers fez um herdeiro da tradição funcionalista. Sua preocupação com total flexibilidade e técnicas óbvias imagens foi denominado Arte Moderna. No entanto, sua obra mais recente, voltaram para as imagens dos primeiros modernistas, nomeadamente Mendelsohn.